Falar sobre procrastinação é complicado, pois para conseguir boas respostas temos que parar tudo, meditar sobre nosso comportamento e sobre o que estamos fazendo e deixando de fazer.
Estar na zona de conforto à primeira vista é bem melhor, mas será?
Em nossa última reunião de homens na igreja o Pr Gabriel Kanitz trouxe uma importante reflexão sobre como enfrentarmos este mal que afeta não somente homens, mas mulheres também.
Todo bom cristão deveria ter um relacionamento mais estreio com Deus, e cultivar hábitos que são fundamentais para uma vida espiritual saudável. Hábitos como oração, leitura e meditação podem se resumir em um devocional simples, que diariamente todo cristão deveria fazer, contudo, manter qualquer hábito associados a uma vida extremamente corrida é um desafio para crentes e descrentes.
São muitos compromissos que parecem engolir nosso tempo, trabalho, estudos, família, amigos, empreendimentos entre outro; achar tempo para Deus quase sempre fica para segundo plano, assim como ler um bom livro, estudar teologia ou fazer alguma ação social.
Porém, assistir uma série ou navegar na internet, quem sabe passar um tempo nas redes sociais sejam hábitos que fluem com naturalidade em nossa vida. O screen Time do meu telefone relevou que nos últimos 7 dias passei 13 horas nas redes sociais, fazendo uma conta de padeiro, isso significa que se eu continuar neste ritmo, chegarei aos 85 anos da minha vida tendo vivido praticamente 5 anos no WhatsApp, Facebook, Youtube e Instagram.
Um conhecido pastor americano chamado JohJohn Piper disse certa vez:
“Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no Último Dia que a falta de oração não era por falta de tempo”.
Falar sobre procrastinação é complicado, pois para conseguir boas respostas temos que parar tudo, meditar sobre nosso comportamento e sobre o que estamos fazendo e deixando de fazer.
Estar na zona de conforto à primeira vista é bem melhor, mas será?
Em nossa última reunião de homens na igreja o Pr Gabriel Kanitz trouxe uma importante reflexão sobre como enfrentarmos este mal que afeta não somente homens, mas mulheres também.
Todo bom cristão deveria ter um relacionamento mais estreio com Deus, e cultivar hábitos que são fundamentais para uma vida espiritual saudável. Hábitos como oração, leitura e meditação podem se resumir em um devocional simples, que diariamente todo cristão deveria fazer, contudo, manter qualquer hábito associados a uma vida extremamente corrida é um desafio para crentes e descrentes.
São muitos compromissos que parecem engolir nosso tempo, trabalho, estudos, família, amigos, empreendimentos entre outro; achar tempo para Deus quase sempre fica para segundo plano, assim como ler um bom livro, estudar teologia ou fazer alguma ação social.
Porém, assistir uma série ou navegar na internet, quem sabe passar um tempo nas redes sociais sejam hábitos que fluem com naturalidade em nossa vida. O screen Time do meu telefone relevou que nos últimos 7 dias passei 13 horas nas redes sociais, fazendo uma conta de padeiro, isso significa que se eu continuar neste ritmo, chegarei aos 85 anos da minha vida tendo vivido praticamente 5 anos no WhatsApp, Facebook, Youtube e Instagram.
Um conhecido pastor americano chamado John Piper disse certa vez: “Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no Último Dia que a falta de oração não era por falta de tempo”.
Mas então, o que nos falta? Como podemos vencer a procrastinação?
Para tentar responder estas perguntas cabem aqui duas breves histórias.
A primeira delas, correu logo no início do meu casamento, nosso varal de roupas estava quase caindo e minha esposa dizia periodicamente para eu arrumar, não foram poucas as vezes que eu de forma mentirosa dizia que faria tal conserto.
Mas foi, somente quando ela me disse: “esse varal vai cair e machucar alguém, e a gente vai se incomodar”, foi assim que tomei consciência da real necessidade de arrumar um tempo para o “ajuste”.
Eu era tão porco e dava pouca importância para esse pequeno problema (por mais que tivesse consciência dele), então, movido de intima má vontade, simplesmente amarrei um cadarço de tênis em uma das pontas do varal da janela, e pensei ter resolvido, de forma paliativa, eu sei, mas na minha cabeça eu havia tratado o problema e ganho mais um tempo até resolve-lo definitivamente.
Eu não me importei com o que os vizinhos fossem pensar de mim como marido, e muito menos com o que minha esposa estava pensando sobre aquela solução vergonhosa, eu só queria “resolver” o problema. Passado um tempo, colocamos um ar condicionado no lugar do varal e um novo suporte para roupas foi instalado em outra janela.
Não fosse a necessidade de um ar condicionado, como estaria aquele varal? Certamente minha esposa teria dado um jeito.
Este foi só um exemplo de como eu sou relaxado com as coisas que não me interesso, mas deveria. Certamente se você perguntar sobre meu interesse em Jesus, eu direi que sim! Me interesso por Ele, e isso é verdade.
Aqui, cabe lembrar do segundo exemplo, quando eu conheci minha esposa éramos colegas de aula, na época eu não era Cristão, comecei indo na igreja para agradar a ela, até tomar consciência que ela era a pessoa que eu queria me casar, foi então, com 19 anos que sai da cidade que nos conhecemos e começamos a namorar, eu precisava ir atrás de novas oportunidades e escolhi Porto Alegre para isso, na esperança de ganhar dinheiro o suficiente e conseguir me casar sem depender de nossos pais.
Bem, os objetivos foram alcançados, mas o ponto que quero chamar atenção é que eu estava movido por um objetivo, estava seguindo um planejamento e diante da necessidade de cumpri-lo eu não hesitei e pouco procrastinei.
Mas vamos analisar com carinhos estes dois exemplos. O primeiro é de algo bem pequeno e que simboliza as pequenas derrotas que temos diariamente, diante do que queremos fazer vs o que de fato fazemos e a segunda da mesma forma, mas com proporções um pouco maiores, pois me tomaram alguns anos.
Estes dois exemplos tem em comum uma necessidade a consciência de um problema e por consequência a vitória.
Espiritualmente, somos conscientes de que devemos estreitar nosso relacionamento com Deus cobrando de nós mesmos uma postura mais interessada sobre tudo aquilo que é espiritual.
Quando me lembro da forma como Paulo morreu, tendo sido decapitado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, Estevão apedrejado e muitos outros cristãos tiveram mortes trágicas segundo relatos históricos. Então é aqui, que cabe uma pergunta pontual!
Procrastinação espiritual era um problema naquela época?
Ninguém que tenha feito o trabalho que eles fizeram, sendo eles movidos pelo ES, poderia pensar em procrastinar. Se ao menos por um momento, se por um instante tivéssemos nós a dimensão da gloria de Deus, da mesma forma que eles tiveram, que tivéssemos consciência da eternidade assim como Tiago que proferiu a celebre frase: “a vida é como um vapor”. Pense comigo, alguém para conseguir ter consciência que a vida é nada se comparado a eternidade sabia de algo que não sabemos ou muitas vezes esquecemos.
Nos surpreendemos com alguém que vive 90 anos, 100 anos, mas se soubéssemos de fato o que significa a eternidade, se por um instante tivéssemos consciência da dimensão do que é eterno, certamente não deixaríamos para depois, estes momentos tão importantes para nossa vida espiritual.
Se nossa autoanálise sobre como estamos levando nossa vida espiritual serve apenas para encontrarmos justificativas para nosso relaxamento espiritual, dizendo coisas do tipo, “eu não consigo porque sou um pecador imundo” ou quem sabe “eu não sou digno mesmo”, então não estamos entendendo o evangelho. De fato estas afirmações sobre nós mesmos são verdade, mas, se Pedro o mais iracundo dos apóstolos, talvez aquele que tivesse menos crédito que todos os demais, por ter negado a cristo 3 vezes, por ter afundado em águas e sido chamado de homem de pouca fé, por ter dado mal testemunho ao cortar a orelha do soldado, ele mesmo se levantou pregou e 3 mil pessoas se converteram.
O que Pedro entendeu, para que parasse de deixar para depois?
Talvez ainda restem justificativas para nossa negligência espiritual em nossos pobres corações, tais como o fato de Pedro e os demais terem sido escolhidos por Cristo e vivenciarem maravilhas, quem sabe há algum Tomé que diga, se eu tivesse visto ou ouvido, certamente a minha vida espiritual seria diferente hoje.
Para estes, vale lembrar o que Jesus disse ao próprio Tomé, talvez também sabendo que nos depararíamos com estas desculpas: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”
Assim somos nós, crentes que muitas vezes tem atitudes descrentes diante de nossas responsabilidades espirituais.
Deus sabe o que sabemos, nosso desejo é ser mais contrito, mais voltado a Deus, e por mais que nossa vida espiritual não seja o ideal, e nossa postura como crentes muitas vezes não seja o que Ele esperaria de nos como discípulos, nos agarramos em Jesus, cremos na maravilhosa Graça de Deus sobre nós, que sendo Ele misericordioso e bom, não deixou que seguíssemos nosso rumo natural ao inferno, mas nos escolheu, nos resgatou e redimiu e este é um bom motivo para nos alegrarmos, o grande motivo para celebrarmos, porque não somos merecedores, porque somos infiéis e ingratos, mas ele nos amou primeiro e por isso não queremos cumprir nossas demandas espirituais por temor ou medo, mas em perfeito amor.
Sejamos mais apaixonados por Cristo, desejosos de uma vida espiritual que não deixa para depois, mas que aproveita agora a presença de Deus. Porque Cristo morreu, podemos ter isso.
Nosso coração anseia? nosso coração anela? Nosso coração deseja?
E se, por algum motivo, seja ele qual for, falharmos, deixando de lado nossas demandas diárias por coisas vãs e passageiras, que essas atitudes sirvam para nos lembrar, o quanto somos miseráveis, e o quanto Ele é maravilhoso conosco, pois sendo nós ainda assim, imerecedores, ele não se afasta de nós, ele nos ouve, ele nos entende.
Nossa esperança está em Cristo, que se compadece de nós e intercede por cada um daqueles que com sinceridade pedem perdão.
Agora, a oração é esta, para que cresçamos, de graça em graça. Que nos fortalecemos em Cristo nosso Senhor e assim nos deixemos ser aperfeiçoados por Ele.
Mas então, o que nos falta? Como podemos vencer a procrastinação?
Para tentar responder estas perguntas cabem aqui duas breves histórias.
A primeira delas, correu logo no início do meu casamento, nosso varal de roupas estava quase caindo e minha esposa dizia periodicamente para eu arrumar, não foram poucas as vezes que eu de forma mentirosa dizia que faria tal conserto.
Mas foi, somente quando ela me disse: “esse varal vai cair e machucar alguém, e a gente vai se incomodar”, foi assim que tomei consciência da real necessidade de arrumar um tempo para o “ajuste”.
Eu era tão porco e dava pouca importância para esse pequeno problema (por mais que tivesse consciência dele), então, movido de intima má vontade, simplesmente amarrei um cadarço de tênis em uma das pontas do varal da janela, e pensei ter resolvido, de forma paliativa, eu sei, mas na minha cabeça eu havia tratado o problema e ganho mais um tempo até resolve-lo definitivamente.
Eu não me importei com o que os vizinhos fossem pensar de mim como marido, e muito menos com o que minha esposa estava pensando sobre aquela solução vergonhosa, eu só queria “resolver” o problema. Passado um tempo, colocamos um ar condicionado no lugar do varal e um novo suporte para roupas foi instalado em outra janela.
Não fosse a necessidade de um ar condicionado, como estaria aquele varal? Certamente minha esposa teria dado um jeito.
Este foi só um exemplo de como eu sou relaxado com as coisas que não me interesso, mas deveria. Certamente se você perguntar sobre meu interesse em Jesus, eu direi que sim! Me interesso por Ele, e isso é verdade.
Aqui, cabe lembrar do segundo exemplo, quando eu conheci minha esposa éramos colegas de aula, na época eu não era Cristão, comecei indo na igreja para agradar a ela, até tomar consciência que ela era a pessoa que eu queria me casar, foi então, com 19 anos que sai da cidade que nos conhecemos e começamos a namorar, eu precisava ir atrás de novas oportunidades e escolhi Porto Alegre para isso, na esperança de ganhar dinheiro o suficiente e conseguir me casar sem depender de nossos pais.
Bem, os objetivos foram alcançados, mas o ponto que quero chamar atenção é que eu estava movido por um objetivo, estava seguindo um planejamento e diante da necessidade de cumpri-lo eu não hesitei e pouco procrastinei.
Mas vamos analisar com carinhos estes dois exemplos. O primeiro é de algo bem pequeno e que simboliza as pequenas derrotas que temos diariamente, diante do que queremos fazer vs o que de fato fazemos e a segunda da mesma forma, mas com proporções um pouco maiores, pois me tomaram alguns anos.
Estes dois exemplos tem em comum uma necessidade a consciência de um problema e por consequência a vitória.
Espiritualmente, somos conscientes de que devemos estreitar nosso relacionamento com Deus cobrando de nós mesmos uma postura mais interessada sobre tudo aquilo que é espiritual.
Quando me lembro da forma como Paulo morreu, tendo sido decapitado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, Estevão apedrejado e muitos outros cristãos tiveram mortes trágicas segundo relatos históricos. Então é aqui, que cabe uma pergunta pontual!
Procrastinação espiritual era um problema naquela época?
Ninguém que tenha feito o trabalho que eles fizeram, sendo eles movidos pelo ES, poderia pensar em procrastinar. Se ao menos por um momento, se por um instante tivéssemos nós a dimensão da gloria de Deus, da mesma forma que eles tiveram, que tivéssemos consciência da eternidade assim como Tiago que proferiu a celebre frase: “a vida é como um vapor”. Pense comigo, alguém para conseguir ter consciência que a vida é nada se comparado a eternidade sabia de algo que não sabemos ou muitas vezes esquecemos.
Nos surpreendemos com alguém que vive 90 anos, 100 anos, mas se soubéssemos de fato o que significa a eternidade, se por um instante tivéssemos consciência da dimensão do que é eterno, certamente não deixaríamos para depois, estes momentos tão importantes para nossa vida espiritual.
Se nossa autoanálise sobre como estamos levando nossa vida espiritual serve apenas para encontrarmos justificativas para nosso relaxamento espiritual, dizendo coisas do tipo, “eu não consigo porque sou um pecador imundo” ou quem sabe “eu não sou digno mesmo”, então não estamos entendendo o evangelho. De fato estas afirmações sobre nós mesmos são verdade, mas, se Pedro o mais iracundo dos apóstolos, talvez aquele que tivesse menos crédito que todos os demais, por ter negado a cristo 3 vezes, por ter afundado em águas e sido chamado de homem de pouca fé, por ter dado mal testemunho ao cortar a orelha do soldado, ele mesmo se levantou pregou e 3 mil pessoas se converteram.
O que Pedro entendeu, para que parasse de deixar para depois?
Talvez ainda restem justificativas para nossa negligência espiritual em nossos pobres corações, tais como o fato de Pedro e os demais terem sido escolhidos por Cristo e vivenciarem maravilhas, quem sabe há algum Tomé que diga, se eu tivesse visto ou ouvido, certamente a minha vida espiritual seria diferente hoje.
Para estes, vale lembrar o que Jesus disse ao próprio Tomé, talvez também sabendo que nos depararíamos com estas desculpas: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”
Assim somos nós, crentes que muitas vezes tem atitudes descrentes diante de nossas responsabilidades espirituais.
Deus sabe o que sabemos, nosso desejo é ser mais contrito, mais voltado a Deus, e por mais que nossa vida espiritual não seja o ideal, e nossa postura como crentes muitas vezes não seja o que Ele esperaria de nos como discípulos, nos agarramos em Jesus, cremos na maravilhosa Graça de Deus sobre nós, que sendo Ele misericordioso e bom, não deixou que seguíssemos nosso rumo natural ao inferno, mas nos escolheu, nos resgatou e redimiu e este é um bom motivo para nos alegrarmos, o grande motivo para celebrarmos, porque não somos merecedores, porque somos infiéis e ingratos, mas ele nos amou primeiro e por isso não queremos cumprir nossas demandas espirituais por temor ou medo, mas em perfeito amor.
Sejamos mais apaixonados por Cristo, desejosos de uma vida espiritual que não deixa para depois, mas que aproveita agora a presença de Deus. Porque Cristo morreu, podemos ter isso.
Nosso coração anseia? nosso coração anela? Nosso coração deseja?
E se, por algum motivo, seja ele qual for, falharmos, deixando de lado nossas demandas diárias por coisas vãs e passageiras, que essas atitudes sirvam para nos lembrar, o quanto somos miseráveis, e o quanto Ele é maravilhoso conosco, pois sendo nós ainda assim, imerecedores, ele não se afasta de nós, ele nos ouve, ele nos entende.
Nossa esperança está em Cristo, que se compadece de nós e intercede por cada um daqueles que com sinceridade pedem perdão.
Agora, a oração é esta, para que cresçamos, de graça em graça. Que nos fortalecemos em Cristo nosso Senhor e assim nos deixemos ser aperfeiçoados por Ele.
Augusto Marques