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Portfólio do Augusto Marques

 


"A esperança que se levanta e nos capacita a enfrentar o pior depende da fé em algo que transcenda este mundo e esta vida, algo que não está disponível para aqueles que vivem dentro de uma visão de mundo que nega o sobrenatural.


Howard Thurman, estudioso afro-americano da Universidade de Boston da metade do século 20, fez uma palestra famosa em Harvard, em 1947, sobre o significado do gênero musical “Negro spirituals”. Ele contestou a crítica de que os spirituals afro-americanos eram excessivamente "do outro mundo", cheios demais de referências ao céu, a coroas e tronos e às vestes que os cantores usariam quando Jesus voltasse.


O argumento era de que tais crenças tornavam as pessoas dóceis e submissas.


Pelo contrário, Thurman argumentou, essa fé cantada servia para aprofundar a capacidade de resistência dos escravos. Os spirituals encerravam a crença cristã em um juízo final, um dia em que todas as injustiças seriam reparadas.
Incluíam também a crença na imortalidade das pessoas e na reunião com os entes queridos para sempre. A partir dessas doutrinas "cresceu a convicção de que esse é o tipo de Universo que não pode negar, ao fim de tudo, as necessidades de amor e de anseio. [...] A união com os entes queridos remete por fim à esperança de imortalidade e a questão da imortalidade remete a Deus. Portanto Deus consertaria todas as coisas".


Thurman negou que essa esperança cristā debilitasse o amor-próprio dos escravos ou sua capacidade de enfrentar aqueles que lhes roubaram a liberdade. Em vez disso, “ela ensinava a um povo como ter êxito na vida, a encarar com firmeza os fatos que argumentam de modo mais dramático contra toda esperança, e a usar esses fatos como matéria-prima com a qual teciam uma esperança que o ambiente em que viviam, com toda sua crueldade característica, não poderia esmagar. [...] Isso [...] os capacitava a rejeitar a aniquilação e a reafirmar um terrível direito de viver”.


Por que nada era capaz de lhes destruir a esperança? Porque ela era do outro mundo, não se baseava em circunstância alguma que estivesse dentro dos muros deste mundo. Ela faz parte do futuro de Deus.
Essa esperança os capacitava a "reafirmar o terrível direito de viver”.


Em determinado ponto de sua palestra, Thurman responde à objeção "Mas não podemos entender todo esse tipo de coisa em sentido literal. Com certeza toda essa conversa de coroas e céu é simbólica”.
Ele rebate que se tais coisas fossem vistas como meros símbolos e não como realidade, jamais poderiam ter servido para proporcionar uma vida de esperança a escravos, quando as perspectivas de melhoria eram tão pequenas.


Imagine que ridículo seria sentar-se com um grupo de escravos do início do século 19 e dizer: "Nunca haverá um dia do juízo em que as injustiças serão corrigidas. Não existe nenhum mundo e vida futuros em que seus anseios serão satisfeitos. Esta vida é tudo o que há. Quando você morre, simplesmente deixa de existir. Nossa única esperança real de um mundo melhor está no aprimoramento da política social. Agora, tendo isso em mente, vá e mantenha a cabeça erguida e viva uma vida de coragem e amor. Não se entregue ao desespero".


Um exercício mental desses revela como a esperança cristā tem mais poder para os sofredores do que um mero otimismo no progresso histórico. Thurman chama a atenção para o simples fato histórico de que a esperança na justiça eterna e na bênção divina sustentou o povo afro-americano."


Fontes: Deus na era Secular de Timothy Keller (Editora Vida Nova)
Howard Thurman, A strange freedom: the best of Howard Thurman on religious experience and public life, Walter Earl Fluker, org. (New York: Beacon, 1991).


Negro spirituals é um tipo de música religiosa geralmente de tom melancólico cantado a cappella por escravos negros especialmente da região sul dos EUA. Continua a ser cantado por corais renomados da atualidade no mundo todo.

 


A doutrina na qual Deus, ao mesmo tempo em que é uno, existe eternamente em três “pessoas*”, que geralmente recebem o nome de Pai, Filho e Espírito Santo. A própria palavra “Trindade” não aparece nas Escrituras. Em grego, parece ter sido utilizada primeiramente pelo bispo Teófilo de Antioquia, no século II. Contudo, os ingredientes fundamentais da doutrina se encontram nas Escrituras, na qual se considera que Jesus é digno de adoração e, no entanto ele não é o mesmo a quem ele se refere como “Pai”, e ele próprio, “Jesus”, promete o Espírito Consolador como “outro consolador”. Logo, pode-se dizer que o desenvolvimento da doutrina trinitária é simplesmente de esclarecimento e definição do que já estava implícito nas Escrituras.

Por outro lado, é importante recordar que normalmente as doutrinas não são somente o desenvolvimento de considerações puramente intelectuais, mas também uma tentativa de expressar a fé que a igreja experimenta na adoração. Sabemos que desde seus primeiros tempos os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana — o dia da ressurreição do Senhor — para cantar hinos a Cristo como Deus. Também sabemos que os cristãos estavam convencidos de que o Espírito que morava neles era Deus. Logo, não surpreende que a reflexão teológica se movesse na direção de procurar esclarecer a relação entre esses três a quem a igreja experimentava na adoração e como, no entanto, essa adoração e a fé que se expressava nela continuava monoteísta.

(mais nos comentários)


Fonte: González, J. (2009). In J. C. Martinez (Org.), S. P. Brito (Trad.), Breve Dicionário de Teologia (1a edição, p. 322–325). São Paulo, SP: Hagnos.

Algumas das primeiras tentativas de expressar a relação entre esses três tomaram o caminho do que mais tarde se conheceu como modalismo ou sabelianismo*, posição que sustentava que o Pai Criador havia se convertido no Filho Redentor nos tempos da encarnação e, depois no Espírito Inspirador em Pentecostes. Esses três são, portanto, somente três rostos ou três “modos” pelos quais Deus se manifesta aos crentes. Essas doutrinas logo foram rechaçadas, porque, tanto em sua adoração como nas Escrituras, a igreja sabia de um Filho de Deus que é distinto do Pai e que também prometeu e enviou o Espírito. Quando Jesus caminhava na Terra, não se esgotava ali toda a divindade. Além disso, os cristãos rogavam ao Pai em nome do Filho e sob a direção do Espírito. Um tratado muito influente foi o escrito de Tertuliano (c. 155–c. 220) Contra Práxeas, no qual empregou terminologia legal e metafísica para chegar à conclusão de que Deus é “três pessoas em uma substância”. Mesmo que levasse algum tempo posteriormente, isso veio a ser a doutrina oficial da igreja, de modo que a fórmula de Tertuliano foi adotada como a expressão clássica da Trindade.


O que levou aos debates sérios sobre a Trindade, e posteriormente à formulação da própria doutrina, foi o surgimento do arianismo*, que sustentava que, mesmo que o Filho possa ser declarado divino, não é Deus no sentido estrito, porque não é eterno; na realidade é uma criatura. A isso o Concílio de Niceia (Primeiro Concílio Ecumênico, 325), respondeu com o credo que estabelecia claramente que o Filho é “Deus verdadeiro, do Deus verdadeiro, engendrado, não feito; da mesma substância [hommousion*] que o Pai”. Mesmo que a isso se seguissem amplos debates e se propusessem outras fórmulas (homoiusion*) e também se debatesse a divindade do Espírito (Macedônios*), ao chegar ao Concílio de Constantinopla (Segundo Concílio Ecumênico, 381), a controvérsia praticamente havia terminado. A fórmula final que a partir daí foi usada na igreja de fala latina era a que havia sido proposta antes por Tertuliano: “uma substância, três pessoas”. A Igreja Grega falava de “uma usia, três hipóstasis”. Mais tarde, haveria um renascer do arianismo quando os godos e outras tribos germânicas, que haviam se convertido ao cristianismo graças a obra de missionários arianos, invadiram a Europa ocidental.

 Um princípio importante que surgiu durante a controvérsia foi o da circunsessão* ou perichoresis, que significa que as três pessoas estão de tal modo interpenetradas que na ação de cada uma delas as outras estão presentes. Logo, mesmo graças ao que os teólogos chamam de “apropriações*, é correto falar da encarnação* da Segunda Pessoa da Trindade”, também faz sentido em que toda a Trindade esteja presente em Jesus; ao mesmo tempo em que foi o Espírito quem desceu no Pentecostes, foi a divindade na pessoa do Espírito, que mora nos crentes.

No século IX, surgiu uma controvérsia em torno do termo Filioque*, que significa “e do Filho”. Isso havia sido acrescentado ao Credo Niceno no Ocidente, de modo que agora se declarava que o Espírito* Santo procede “do Pai e do Filho”. Os gregos protestaram contra essa interpretação no Credo, que também refletia uma visão um pouco diferente do lugar do Espírito na Trindade e, posteriormente, foi uma das questões que levaram ao cisma final entre o Ocidente e o Oriente e que ainda perdura.

Começando no século XVI e chegando a sua culminação no XIX, houve toda uma série de críticas contra a doutrina da Trindade, que diziam ser irracional e carente de pertinência para a vida dos crentes. Recentemente houve um despertar no interesse sobre a Trindade, que vários teólogos veem como paradigma para uma vida em comunidade e, também, como princípio que requer a redefinição da unicidade de Deus de forma que se evite a tendência do monoteísmo não trinitário, a postura de hierarquia de extrema autoridade e até a tirania.


 



O trabalho de Facilitação Gráfica para seu evento pode ser feito presencial ou on-line,  entre em contato, vamos conversar.

 



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"os que conduzem muitos à justiça"

 Em Daniel 11:33, diz-se que os sábios dão entendimento. Aqui, eles levam muitos para a justiça. Os dois conceitos estão relacionados e demonstram como esses professores eram indispensáveis - principalmente em tempos de crise. Além de instruir, eles serviram de modelo para a paz e a esperança de libertação (ver 11: 33–35). A descrição daqueles que conduzem as pessoas à justiça neste versículo ecoa a linguagem sobre o servo justo de Is 53: 11 - solidificando a relação entre essas passagens.


Barry, J. D., Mangum, D., Brown, D. R., Heiser, M. S., Custis, M., Ritzema, E.,… Bomar, D. (2012, 2016). Bíblia de Estudo Faithlife (Dn 12.3). Bellingham, WA: Lexham Press.

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#art #igreja #teologia #palavradeDeus #escrituras #amor #Jesus #Deus #ES #EspiritoSanto #cristianismo #escrituras #bíblia #pictobíblia #fé #desenho #féreformada #congregue #procureumaigreja #façapartedocorpodecristo

 




“O que Deus criou primeiro: a fome ou a comida? Deus fez o homem ter fome e depois inventou o alimento para saciar a necessidade? Ou será que Deus primeiro inventou os alimentos e, em seguida, 
deu ao homem um apetite que o motivasse a buscar esse bom presente de Deus?
A finalidade do sexo, então, é fornecer um meio único através do qual o marido e sua esposa podem conhecer um ao outro, servir um ao outro, expressar vulnerabilidade, dar e receber. Nenhuma outra área no casamento oferece tanto a ganhar e tanto a perder. Nenhuma outra área no casamento põe o casal tão junto. E nenhuma mensagem poderia estar mais longe do que o que é visto na pornografia.”
Fonte: Desintoxicação Sexual - Tim Chalies

Não deixe a pornografia te afastar da igreja!
Com o boom da internet a oferta por bons conteúdos que edificam nossas vidas aumentou significativamente, em paralelo a isso tantos outros conteúdos da mesma forma, tiveram suas ofertas potencializadas.

Em função da queda muitos e muitos irmãos e irmãs lutam contra esse vício danoso para o relacionamento de um casal, afinal somos todos pecadores e sofremos o efeito da queda.
Há quem lute silenciosamente contra a pornografia e a masturbação gerando para si um enorme peso de culpa e consequentemente tirando-o do serviço na igreja questionar até mesmo se ele é salvo, por não saber lidar com essa situação.
É um problema real!

Se você que está lendo este post está lutando contra isso você precisa reafirmar a sua fé, entender qual a liberdade que temos em Jesus Cristo.
Sabendo que a concupiscência da carne e os desejos pecaminosos são reais.
Não podemos temer mais nossos amigos, mãe, pai, ou seja, quem for, do que o Senhor e Deus que tem seus olhos sobre toda a terra e sabe de todas as coisas.

Nosso coração expressa algum ídolo, a questão é quem estamos adorando?
Prazer? Narcisismo? Simples hedonismo? Conquista?

A expressão maior de adoração ao Senhor Jesus é o ato de servir ao próximo, assim como Jesus não buscou seu próprio interesse e veio até nós humilhando-se, da mesma forma no sexo o cristão homem ou mulher, deve ter em mente que ele é antes de tudo um servo de Deus e que ama o seu cônjuge, sem imposições, sem subversões, mas com mutualidade, respeito e amor.

- Não crie um clima propício para pecar. Não fique sozinho, ouça hinos, lembre da Cruz
- Procure um amigo que esteja mais firme na fé e que te puxe para o evangelho
- Busque nutrir a sua mente com conteúdos que edificam
- Pare de seguir pessoas que fomentam uma cultura pornô
- Não seja apático, egoísta LUTE!

Pornografia não é o único pecado que agride a santidade de Deus, mas este post é especificamente sobre esse assunto.

 


Sob as pressões inflexíveis e as dores da vida diária, Calvino viu a verdade e o conforto da soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas e em todas as coisas. Todas as coisas não é uma frase descartável - nem para os apóstolos nem para Calvino. Todas as coisas significa que há uma vida inteira de trabalho a ser feito - e mais - para descobrir a glória do evangelho na Escritura e aplicá-la a todas as coisas. Calvino era 25 anos mais jovem que Lutero e a Reforma já fazia seu movimento inicial de mudança do mundo quando Calvino tornou-se adulto. Mas o triunfo emergente da revelação divina sobre a razão humana precisaria de uma vida inteira de investimento para

apenas começar a desenvolver as implicações - implicações para tudo. Calvino não agiu como um filósofo especulativo, aprendendo a partir de sua própria mente, mas como um teólogo bíblico, aprendendo a partir da revelação de Deus na Bíblia. Ele procurou viver sola Scriptura, não apenas se referir a ela, esforçando-se para dar lugar para todos os textos, inclusive os grandes, o texto todas as coisas. Ele acreditava que Deus "... faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1.11) e que "... dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Rm 11.36). No Livro que mudou todas as coisas, Calvino descobriu que, em Jesus,

foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (CI 1.16) e que, para aqueles que são de Cristo, ... todas as coisas cooperam para o bem" (Rm 8.28). O Deus da Escritura não é uma divindade tribal. Cada centímetro do universo é dele. A teologia totalmente abrangente de Calvino veio de textos grandes como esses e, para crer neles, ele teve de lê-los. Entender Deus em sua Palavra significa perceber que Deus está ligado a tudo e tudo está ligado a Deus. Foi ao perceber esta característica em Calvino que seu descendente espiritual, Abraham Kuyper, afirmaria, quase quatro séculos mais tarde, que não há um só centímetro quadrado em todo o universo sobre o qual o Cristo ressurreto não declare: "é meu!"

Na cruz de Cristo, como num magnificente teatro, a inestimável bondade de Deus é exibida diante do mundo todo. Na verdade, em todas as criaturas, elevadas ou inferiores, resplandece a glória de Deus, mas em nenhuma outra parte ela resplandeceu com mais brilho do que na cruz, na qual ocorreu uma extraordinária mudança de coisas, a condenação de todos os homens foi manifestada, o pecado foi destruído, a salvação foi restaurada para os homens; e, em resumo, o mundo inteiro foi renovado, e tudo foi restituído à boa ordem.

João Calvino

Comentário do Evangelho de João, 2.73.



"Se de alguma maneira os fiéis forem levados por todo vento de embuste, se de algum modo forem expostos à zombaria astuciosa dos ímpios, que sejam ensinados pela segura experiência da fé e saibam que nada é mais firme ou certo que o ensino da Escritura e sobre este fundamento eles devem descansar confiantemente."
João Calvino, Calvin's Commentaries: Commentary on first Peter, trad. W. Johnson (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1989), 219.



“Sem uma clara compreensão e esperança no poderoso, pessoal e intencional cuidado de Deus por nossa vida, a vida e a morte não tem propósito.”




Mas até mesmo nessa profunda tristeza ele conseguiu olhar para cima. Que Jesus me sustente também nesta pesada aflição, que certamente me venceria, se ele, que levanta o prostrado, fortalece o fraco e revigora o cansado, não tivesse estendido, do céu, sua mão para mim.
Fonte: João Calvino, Selected Works, orgs. J. Beveridge e J. Bonner, vol. 5 (Grand Rapids: Baker, 1983), 216.



Calvino declara:
"Se estivéssemos preparados para aprender com espírito sereno e acomodado, se faria patente, afinal, do próprio resultado, que assiste a Deus a melhor razão de seu propósito, seja que à paciência eduque os seus, seja que lhes corrija os depravados afetos e dome a lascívia, seja que os quebrante a negação própria, seja que os desperte da inércia; ou, em contrário, que prosterne aos orgulhosos, que estraçalhe a astúcia dos ímpios, que lhes dissipe as torvas maquinações."
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Se nossa mente estivesse sempre acomodada dessa maneira, de modo que pudéssemos manter a fé de que Deus, como nosso Pai celestial, é bom e age incessantemente para o nosso bem, então, sem dúvida, sempre saberíamos o que Calvino chama de "imensurável felicidade da mente piedosa". Mas o que acontece quando algo aparentemente tão terrível nos sucede que nossa fé começa a falhar? O que acontece quando parece que tudo, menos a bondade e a glória de Deus, está se manifestando em algum caso de pecado ou sofrimento - algum caso que nos deixa tão horrorizados que não podemos conceber como pode ser parte de um "plano divino maravilhoso que é adaptado a um fim definido e a um propósito adequado"?



Em sua época, Calvino tinha visto o rico, às vezes, privar o pobre de sua mobília e até mesmo de suas roupas. Ele não podia suportar grandes festas e roupas caras - "Jesus Cristo não era um alfaiate”, ele dizia - quando outros estavam passando fome e vestindo trapos. Ele queria que os ricos se vestis sem com simplicidade e gastassem o dinheiro que economizaram em novos negócios que pudessem gerar emprego para os pobres. Entretanto, essas mudanças tinham de vir do coração mudado. Tentativas de forçar a compaixão alimentam o ressentimento.
Fonte: Com Calvino no Teatro de Deus - (cap 4) O roteiro secular no teatro de Deus: Calvino sobre o significado Cristão da vida pública.
de Marvin Olasky







Agostinho de hipona

Frase de Agostinho de Hipona

 

“Se a glória celestial fosse aguardada somente por mim, eu não teria vos decepcionado. Eu vos teria dito que não há lugar para alguém senão para mim na casa de meu Pai. Mas o caso é muito diferente, pois eu vou antes para vos preparar lugar.” O contexto, em minha opinião, demanda que o leiamos desta forma, pois temos logo a seguir: Se eu for e vos preparar lugar. Com estas palavras Cristo notifica que o desígnio de sua partida é preparar um lugar para seus discípulos. Em uma palavra, Cristo não sobe ao céu de uma forma particular, para habitar ali sozinho, mas, antes, para que ele seja a herança comum de todos os santos e para que dessa forma a Cabeça pudesse estar unida a seus membros.

Surge, porém, uma pergunta: Qual era a condição dos pais após a morte, antes que Cristo viesse do céu? Pois a conclusão geralmente formulada é que as almas crentes ficaram encerradas em um estado ou prisão intermediária, porque Cristo diz que, com sua ascensão ao céu, o lugar será preparado. Mas a resposta é fácil. Lemos que esse lugar será preparado para o dia da ressurreição; pois inerentemente a humanidade se acha banida do reino de Deus; o Filho, porém, que é o único herdeiro do céu, tomou posse dele em nome deles, para que através dele nos seja permitido entrar; pois em sua pessoa já possuímos o céu pela esperança, como nos informa Paulo [Ef 1.3]. Não obstante não desfrutaremos dessa grande bênção até que ele venha do céu pela segunda vez. Portanto, a condição dos pais após a morte não é aqui distinta da nossa; porque Cristo já preparou um lugar para eles e para nós, no qual ele receberá a todos nós no último dia. Antes que a reconciliação fosse consumada, as almas crentes eram, por assim dizer, postas numa torre de vigia, aguardando a redenção prometida, e agora elas desfrutam de um bendito repouso até que a redenção seja consumada."
Fonte: Calvino, J. (2015). Evangelho Segundo João. (T. J. Santos Filho & P. C. Valle, Orgs., V. G. Martins, Trad.) (Primeira Edição, Vol. 2, p. 90). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
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E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;
Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.

Lucas 5:31,32
 

"Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego." Romanos 1.16

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A teologia Reformada enfatiza as Doutrinas da Graça, mais conhecidas pelo acrônimo TULIP, embora este acrômio não corresponda aos melhores nomes possíveis para as cinco doutrinas.
 

T significa Total Depravity [Depravação Total]. 
Isso não significa que todas as pessoas são tão más quanto elas poderiam ser. Significa, sim, que todos os seres humanos são afetados pelo pecado em todas as áreas de seus pensamentos e conduta pelo que nada que sai de algum homem à parte da graça regeneradora de Deus pode agradar a Deus. No que concerne aos nossos relacionamentos com Deus, estamos todos tão arruinados pelo pecado que nenhum de nós pode entender adequadamente Deus ou os caminhos de Deus. Também não buscamos a Deus, a menos que Ele primeiro opere dentro de nós para nos conduzir a busca-lO. 


U significa Unconditional Election [Eleição Incondicional].
Uma ênfase na eleição incomoda muitas pessoas, mas o problema que eles sentem não é, na verdade, com a eleição; é com a depravação. Se os pecadores são tão desamparados em sua depravação como a Bíblia diz que eles são, incapazes de entender e sem vontade de buscar a Deus, então a única maneira que eles poderiam ser salvos é se Deus tomar a iniciativa de transformá-los e salvá-los. Isto é o que significa a eleição. É Deus escolhendo salvar aqueles que, se não fosse a Sua escolha soberana e Suas ações subsequentes, certamente pereceriam.

L significa Limited Atonement [Expiação Limitada]. Este nome é potencialmente enganoso, pois parece sugerir que os Reformados querem de alguma forma restringir o valor da morte de Cristo. Este não é o caso. O valor da morte de Jesus é infinito. A questão é: qual é o propósito da morte de Cristo, o que Ele realizou na mesma? Será que Cristo pretendeu fazer da salvação nada além de uma possibilidade? Ou Ele realmente salva aqueles por quem Ele morreu? A teologia Reformada enfatiza que Jesus realmente expiou os pecados daqueles a quem o Pai havia escolhido. Na verdade, Ele propiciou a ira de Deus para com o Seu povo, tendo levado o seu julgamento sobre Si, em verdade redimiu, e, de fato, reconciliou essas pessoas específicas com Deus. Um nome melhor para expiação “limitada” seria redenção “particular” ou “específica”.

I significa Irresistible Grace [Graça Irresistível]. Sozinhos nós resistimos à graça de Deus. Mas quando Deus trabalha em nossos corações, regenerando-nos e criando uma vontade interior renovada, então o que era indesejável antes torna-se altamente desejável, e corremos para Jesus apenas como anteriormente nós corremos para longe dEle. Pecadores caídos resistem à graça de Deus, mas a Sua graça regeneradora é eficaz. Ela supera o pecado e cumpre o propósito de Deus.

P significa Perseverance of the Saints [Perseverança dos Santos]. Um nome melhor seria “a perseverança de Deus com os santos”, mas ambas as ideias estão realmente envolvidas. Deus persevera conosco, nos impedindo de apostatar, o que certamente faríamos se Ele não fosse conosco. Mas porque Ele persevera nós também perseveramos. Na verdade, a perseverança é a prova definitiva de eleição. Nós perseveramos porque Deus nos preserva de cair e de nos desviarmos dEle total e finalmente.

por James M. Boyce

 


A gente insiste em não expressar o quanto ama quem amamos, até que definitivamente nos é tirada esta chance.

Dai nos pegamos tentando lembrar todas às vezes que dissemos “te amo”.

 

Hoje fecha o primeiro ano dos demais que virão e me farão lembrar que eu amei e fui amado pelo meu irmão.

 

Eu sei que ele soube.

Por todas às vezes que encorajei, que sendo o irmão mais velho o protegi e ajudei a cria-lo desde pequeno.

 

Lembro-me de quando tinha que buscar ele na creche e eu achava aquilo muito chato  por ser eu naquela época um adolescente, mas hoje sei o quanto todos os momentos foram realmente importantes para construção do caráter e da personalidade dele, mas não somente dele, posso perceber como aprendi também.

 

Antes de eu sair de casa, ele foi o irmão que pude estar mais presente na infância e adolescência.

 

Talvez no hoje, tudo pudesse ser tristeza, mas lembro-me das palavras do Tavinho (como era conhecido por todos), me dizendo “sim eu acredito”.

Certa vez perguntei para ele se conhecia a razão do feito de Jesus Cristo na Cruz e se acreditava nele, foi então que ele me deu tal resposta.

 

Quem sabe para o descrente que ouve falar de Jesus no meio da barulheira e dos ruídos da internet, estas palavras “sim eu acredito” não façam muito sentido.

Quem sabe para os religiosos dizer estas 3 palavrinhas sejam muito pouco diante do muito que é feito por eles na igreja, contudo é para quem de fato acredita que essas palavras soam como um até logo.

 

Ainda que possamos julgar pelo que temos e sabemos, a sentença vem de Deus, e como diz um amigo meu “de Deus só podemos esperar o melhor”.

 

A gente nunca pensa que vai acontecer com a gente, até que acontece, até que uma ligação vem ou uma mensagem é recebida.

 

Aprendi que foi porque Deus nos amou primeiro é que podemos amar ao próximo, afinal não inventamos o amor e nem o descobrimos por nós mesmos, se assim fosse, saberíamos valorizar bem melhor do que realmente o fazemos, afinal tudo o que criamos e é nosso damos mais valor não é mesmo?

O dom de amar é um presente de graça dado por Deus e que devemos dar atenção.

 

O maior exemplo de amor que já se ouviu falar, é do próprio Deus por seus filhos, que no paradoxo da Cruz nos resgata de forma chocante, mesmo sem sermos merecedores.

 

Esse amor divino é antes da fundação do mundo, antes de cada um de nós se quer pensar e experimentar, é, portanto, eterno e incondicional, fiel e verdadeiro.

 

Por isso amo meu irmão como um irmão deixando as afeições em ordem no coração, para que na desordem eu não encontre o desespero.
O amor por um irmão é vigoroso, despreocupado e doce, mas também amargo é como um reflexo de um amor maior.

 

Hoje fecha o primeiro ano dos demais anos que virão em minha vida e me farão lembrar que devo dizer o quanto amo minha família, igreja e amigos.

 

Agora não o busco mais na creche, mas na memória, contudo ele ainda continua me ensinando.

 

Não espero que este texto mude a sua vida, mas espero que possa fazer o seu dia melhor.

 

Augusto Marques

 

Sugestão de leitura: 1 Coríntios 13.1-13


É possível que uma das razões pela qual não existam tantos artistas de música gospel no meio reformado se dê pelo fato de que nestas igrejas existe uma observância pela liturgia do culto.
Mais comumente nas igrejas pentecostais e neopentecostais os púlpitos são como palcos e você pode fazer turnê pelo Brasil todo nas igrejas, é claro que o culto normalmente vira evento nestes casos.
Esta sempre foi uma dificuldade dos músicos na igreja, ou o culto vira show (apresentação) ou o show vira culto.
Me parece que isso nunca ficou muito claro para os artistas dentro da cristandade.
Como cristãos queremos consumir boa música, mas para isso necessitamos de bons músicos compositores e intérpretes que se dediquem a música e possam viver disso, pois como qualquer coisa na vida a música também exige dedicação (e muita).
Desenho de uma guitarra

O fato de haver uma facilidade maior de penetração e liberdade no ambiente de c
ulto, foi que a música floresceu infinitamente mais no meio pentecostal e neopentecostal.
A produção musical reformada aqui no Brasil é quase irrelevante se comparado aos pentecostais e neopentecostais.
Existem exceções excelentes como Projeto Sola e Stênio Marcius e deu. Se listarmos aqui o número de bandas e cantores gospel este post não teria fim.
Como disse anteriormente, músicos bons precisam se dedicar à música, e para se manter recendendo pelo seu trabalho você precisa de um público que fomente e consuma a sua música, neste sentido o meio neo e pentecostal é literalmente mais aquecido (piada ruim).
Outro ponto a se observar está no poder da liturgia, que molda nossas afeições. É comum na boca de pentecostais e neo pentecostais jargões e frases isoladas de textos bíblicos aplicados fora de contexto. Isso também ocorre em função da capacidade pedagógica que a música possui.
Não foram uma ou duas vezes em que pude ver e ouvir irmãos repetindo frases bíblicas de músicas que estavam na moda, e eu também sou cúmplice disso.
Não fosse assim, professores universitários não criariam jingles para auxiliar na decoreba de fórmulas matemáticas.
Durante muito tempo igrejas deixaram músicos e cantores subirem em seus púlpitos para conduzir a igreja.
A carência de músicos nas igrejas oportunizava o crescimento e desenvolvimento de habilidades artísticas por parte dos músicos, alguns notoriamente conhecidos e outros ilustres desconhecidos dos quais sabemos da existência e que também me incluo, penso eu.
Inúmeras vezes o "ministro de louvor" retroalimentado pelo movimento gospel, fazia a sua forçação de barra interminável, mostrava sua técnica apurada com melismas (yeh yeh, senhôah) com ministrações pedantes que tinham por objetivo de repetir o “mover” que viam nos DVD’s de shows de grandes artistas, e assim tornavam muitas vezes o momento do louvor algo constrangedor.
Essa bizarrice que não se vê comumente em igrejas reformadas.
Por mais que o entretenimento possa arrepiar e esses sentimentos carnais difíceis de discernir, muitas vezes são colocados na conta do Espírito Santo como um “toque” ou “presença”, penso que está na maturidade e convicção da igreja adotar uma postura de sinceridade, temor e reverência diante de Deus. Por mais sem graça que possa parecer no início, ao compreendermos que o canto congregacional bíblico é vital para pedagogia e unidade da igreja, veremos que abrir mão do “chamariz” do show/apresentação nos moldes do gospel é a melhor decisão a médio e longo prazo.
Eu (para a glória de Deus) possuo mais de 100 composições autorais, muitas delas apenas os irmãos da minha congregação conhece, sou constantemente perguntado sobre gravar um CD ou divulgar estas canções, coisas que pretendo sim fazer futuramente.

No entanto, estou cada vez mais convicto que registrar estas canções serão como uma humilde contribuição ao multiforme reino de Deus, sem a pretensão de ficar rico, famoso ou influente. Gosto da canção "é proibido pensar" do excelente João Alexandre, pois concordo, "não consigo me encaixar nesses esquema".

Augusto Marques

 








Em nossa sociedade de consumo, onde a sabedoria predominante diz que devemos ser leais a produtos ou marcas apenas na medida em que nossas necessidades e gostos estão satisfeitos, pode ser fácil para os fiéis ter um limite de tolerância muito baixo e assim pensar ter bons motivos para deixar uma igreja. A menor incompatibilidade de preferências ou a menor quantidade de desconforto pode levar um frequentador da igreja a se tornar um comprador da igreja, vasculhando o "mercado" em busca da igreja perfeita. Há boas razões para deixar uma igreja,tais como o abandono da mensagem da Cruz em seu púlpito (apenas para citar uma).
Contudo existem péssimas razões para deixar de congregar em uma igreja, neste post apresentamos 7.
E aí, concorda?
Tem mais alguma razão infantil que a gente não pôs no post? 


Para o Cristão a justiça divina tem um peso infinito, por isso confiamos que ninguém melhor do que Deus para julgar a humanidade.A sentença de Deus será irrevogável e totalmente justa e teremos na eternidade, o seu maior peso punitivo.


Jesus Cristo disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” Mateus 5:6

Há momentos em que nos admiramos com alguém que vive 90, 100 ou até 120 anos.
Essa percepção de tempo vivido é tudo que temos como experimentar ou admirar.

Uma pessoa no Brasil pode ser sentenciada no máximo em 40 anos, contudo, é a vítima que pode viver o seu trauma até 120 anos.

Que possamos enquanto humanidade, ainda que do nosso jeito imperfeito fazermos a justiça terrena sem diminuir os fatos, mas primeiro, devemos confiar que haverá um dia em que nossa sede e fome serão plenamente saciadas.

Ore pela criança.
Ore pelo bebê.
Ore pela família.
Ore por justiça.


Antigamente quando elegíamos um presidente, aceitávamos que ele foi eleito pela maioria e sua posição é legítima.Mesmo que não tivéssemos votado neles, ainda assim era nosso presidente.
Hoje parece que absolutamente todos possuem desqualificação moral e são inaptos.
Me parece que enquanto estávamos no centro com Collor, Itamar e FHC, por mais que pendêssemos para esquerda ou direita, ainda assim havia certo equilíbrio democrático.
Mas desde que fomos para esquerda ou para direita as coisas começaram a mudar.
A idolatria fez da política um verdadeiro Deus onde cada candidato parece estar para as pessoas como um enviado de messiânico que solucionará todos os problemas.
Partidos são religiões, políticos os seus deuses.

E quando são convencidos dessa “idolatria de poder”, (ainda que desconheçam essa definição), absolutamente tudo é justificado, seja o emprego de violência, protestos ou até mesmo aceitação de pautas obscuras que são periféricas ao objetivo central da causa.

 


A série Upload da Amazon é boa e traz reflexões interessantes.
Na série o personagem Nathan Brown; que namora uma mina podre de rica, morre, e ela paga o upload dele para um paraíso de milionários, um mundo perfeito onde não falta nada, mas lá ele se apaixona por um “anjo” que é uma atendente personalizada, este anjo tenta desvendar a sua morte após perceber que algumas memórias de Nathan estão sumindo.

O personagem é programador e estava desenvolvendo um sistema virtual que poderia desbancar grandes empresas. Como a série se passa no futuro, como não poderia deixar de ser, algumas conjecturas são feitas, as mais legais são as fusões entre empresas bem conhecidas, como Taco Bell e Nokia, um outro modelo de negócio para Apple e Facebook. Mas a série não é sobre fusões e roubas sensoriais para que os uploads possam abraçar e fazer sexo com quem ta vivo (eu sei, mas isso parece menos estranho na série).

A grande provocação da série está em mostrar o descontentamento de Nathan por ter absolutamente tudo em um lugar lindo que todo dia faz sol, mas não ser real e sua namorada rica e possessiva promove para tê-lo eternamente.
Em um episódio, um vizinho dele paga U$1,99 para ficar gripado, uma espécie de simulação que o programa faz com os uploads que desejem ter o mais próximo de uma vida real.

Então as reflexões são inevitáveis, principalmente a de que a vida tem seu charme não porque é perfeita e nela temos tudo o que desejamos ter, ainda que esse seja um ideal de felicidade que muitos almejam, como poder, fama, sexo e dinheiro. A série mostra que são justamente as imperfeições e imprevistos da vida comum que fazem desta grande aventura que é viver, uma oportunidade única que deve ser aproveitada em cada segundo.

O autor inglês C.S. Lewis escreve em seu livro O peso da Glória a seguinte reflexão, a qual me recordei:
"Pois, se levamos a sério as imagens das Escrituras, se acreditamos que Deus um dia nos dará a Estrela da Manhã e nos fará vestir com o esplendor do sol, então podemos supor que tanto os mitos da antiguidade quanto a poesia moderna, tão falsos como história, talvez estejam muito próximos da verdade como profecia. No presente, estamos do lado de fora do mundo, do lado errado da porta. Conseguimos discernir o frescor e a pureza da manhã, mas eles não nos renovam nem purificam. Não nos podemos misturar com os esplendores que contemplamos. Todas as páginas do Novo Testamento, entretanto, sussurram que nem sempre será assim. Um dia, queira Deus, adentraremos por essa porta."

Augusto Marques


Mais de 190 mil arrecadados em vaquinha.
Ganhou uma moto nova do Matheus Ceará, do SBT, e outra do apresentador Luciano Huck.
Intel doou Notebook.
Foi contratado por uma agência, Avellar (uma das maiores agências de publicidade), ganhou uma bolsa de 100% para estudar marketing digital e já tem 2 milhões de seguidores nas redes sociais.

A sensação de que o Matheus Silva (motoboy que sofreu racismo aparentemente por se negar a entregar na porta), já teve seu problema resolvido é falsa.

Ainda que todas essas coisas que estão acontecendo com ele, sejam boas, e ele deva sim aproveitar as oportunidades, acredito que devemos estar atentos ao fato de que ganhos materiais não podem aplacar um problema de caráter moral como o racismo.
O racismo não acabou e não devemos esperar por um novo caso que vire trending topics para sermos lembrados que esse mal ainda existe.


Por mais que algumas pessoas possam estar querendo se aproveitar da onda e tirar uma casquinha disso tudo, infelizmente nós não podemos ter a certeza disso uma vez que não conhecemos as intensões do coração de cada um, certo? Meu receio é que possamos estar vivendo uma verdadeira espetacularização do racismo e nos moldes de programas como os da Oprah Winfrey, copiados aqui no Brasil por Gugu e o Luciano Huck onde davam coisas materiais aos necessitados.

E assistimos tudo, nos sentindo melhor, sem fazer muito esforço, apenas dando views e like. Mas quero chamar atenção para algo.

Diariamente muitas pessoas sofrem com o racismo e não tem a "sorte" de terem o registro deste inconveniente, muito menos o registro e a viralização.
Certamente faltariam motos, notebooks, vagas, bolsas e interesses em seguir todas as vítimas de racismo caso soubéssemos absolutamente de tudo o que acontece no dia dia nos mais diversos lugares.

Nosso sentimento de justiça feita (aplacada) diante do caso do entregador, não deveria estar nos bens materiais e oportunidades que ele teve, como disse anteriormente, ainda que tudo isso seja muito bom, mas sim no anseio que todos nós temos por justiça.
Não são mil celulares apontados para gravar que trarão a cura para este mal (racismo), essa onipresença que trará redenção verdadeira e justa não se pode esperar de pessoas usando tecnologia.


Augusto Marques



Sei que ao ler este título muitas coisas vêm à tona, como pensar em coaching e frases motivacionais de para-choque de caminhão, mas eu gostaria que você realmente entendesse isso de maneira mais profunda, lendo esse texto com o coração aberto, tendo a certeza de que o final você não vai se deparar com um link para comprar um curso de desenvolvimento pessoal.

Durante 7 anos da minha vida trabalhou em uma empresa de call center, passei por muitas etapas lá dentro, desde operador até a supervisão, chegando a ter 40 pessoas para gerir, neste período aprendi que um roteiro era importante para que o atendimento fosse uniforme e todos deveriam buscar em uma mesma fonte (fique ligado) as mesmas informações, como ferramentas deveriam ser padrão para todos e até mesmo a configuração das máquinas que tinham uniforme para que a companhia conseguisse mensurar que colaboradores tinham melhor ou pior desempenho.

Uma das maiores críticas que existiam por parte dos funcionários sempre foi desumanização, o fato de 4 mil pessoas não fazerem parte da tomada de decisão e apenas foram informados delas. Não foram uma ou duas vezes que ouvi as pessoas que elas eram apenas um número naquele lugar. Embora, olhando na perspectiva deles isso pareça verdade, ainda assim, não teria como assistir milhares de pessoas, e até mesmo o supervisor não poderia ser o psicólogo que atendeu seu paciente por 1 hora, aliás, tempo é algo escasso em se tratando de centros de contato.

O ponto aqui, é que na perspectiva da companhia ela não poderia estar refém de um colaborador ao exercer suas funções, se por iniciativa do CPF ou do CNPJ ter a necessidade de substituição, outra pessoa deveria entrar no lugar e exercer continuar a função da mesma maneira, por isso, fez-se necessário que a demanda tinha que ser padronizada, e dentro de um call center a rotatividade de pessoas é muito alta.

Essa introdução se faz necessário para ilustrar uma necessidade que não é exclusiva dos atendimentos telefônicos, mas que em todo o trabalho, você deve seguir normas, seja elas técnicas ou institucionais, pois são regras que nos fazem ganhar velocidade e obter o aumento na qualidade da execução de nossas funções, pois, por muito repetirmos determinadas ação, passou a executá-la com excelência.

Quando eu defendo que alguém é insubstituível, isso se dá não apenas no aspecto profissional, mas em todas as esferas da vida.

Roteiros, roteiros, ferramentas, tecnologia, etc, são como guias, se adaptam a uma melhor execução do que, seja lá o que para feito, pode ter excelência, mas elas em alguma hipótese substituem o fator humano que como gerencia.

Eu poderia questionar onde está o substituto de Jesus Cristo ou sem apelar tanto, lembrar de Pelé, Leonardo Da Vinci, Albert Einstein, quem sabe, mais atualmente de Airton Senna ou para ser mais prático em meus exemplos, quem pode substituir seus pais, irmãos ou filhos?

Aí você pode dizer que quando se trata de pessoas que podem até ser verdade, mas de pessoas exercendo um trabalho isso não é a mesma coisa, será?

Eu gosto muito de futebol, e no esporte isso fica muito notável, quando alguns jogadores são dotados de certas habilidades que outros não têm, mas estes jogadores menos habilidosos exercem quando postos em campo exercem funções táticas que são primordiais para o time como um todo conseguir alcançar seus objetivos no jogo.

Bem, talvez você ainda não esteja convencido de que pessoas não são substituíveis, tudo bem, mas vamos tentar ir mais fundo nisso.

Normalmente, quem diz a frase “ninguém é insubstituível”, é a pessoa que para exercer a sua atribuição ela precisa de outras pessoas, ao que me parece existem alguns elementos importantes implícitos nessa afirmação, como, por exemplo, dizer “olha, se tu não queres, tem quem queira” ou até mesmo”, eu não vou ficar dependendo de você” ou em casos mais drásticos “o seu valor pra mim, é apenas pelo que você faz e não pelo que você é”.

Qualquer um que exerça um papel de liderança, seja ele qual for, jamais deve ter essa frase como verdade, por mais que essa pessoa afirme estar pensando apenas em processo e não em na pessoa em si, isso apenas revela um total desconhecimento do fim de todo e qualquer trabalho que são as pessoas e não as coisas.

Então podemos começar a entender que pessoas exercem suas atribuições para outras pessoas, sejam elas seus clientes, chefes, amigos ou familiares.

Se você conhece alguém que pense assim, mostre esse texto pra ela, e se ainda assim ela continuar afirmando que pessoas são substituíveis, reveja a forma como você se relaciona com ela, pois é bem possível que aos olhos dela você seja substituível, útil apenas para que ela possa alcançar algum objetivo pessoal.

Lembro-me que no call center alguns operadores tinham uma média de nota de monitoria maior que outros, era o tipo de operador que todos os supervisores queriam na sua equipe, mas aqueles que cometiam erros operacionais e possuíam média inferior, embora usassem as mesmas ferramentas que os demais, possuíam qualidades extremamente uteis e que complementavam a equipe de alguma forma.

E se ainda assim eu olhasse no detalhe, ouvindo o atendimento e monitorando o uso do equipamento, podia-se ver a humanidade de cada um, a perspicácia de cada operador ao abordar um mesmo problema.

Certa vez em uma aula da faculdade, na cadeira de imagem digital 1, estávamos tendo aula de anatomia, e a professora mostrou fotos do artista August Sander que na II Guerra Mundial retratou algumas pessoas, o que mais chama atenção na obra de Sander são as imperfeições das pessoas que eram alvo de suas lentes. Ele não estava preocupado em achar modelos ou rostos simétricos, como se todos tivessem saído de uma mesma forma, tipo de coisa comum na tipificação de pessoas na indústria da moda. Nas fotos do artista podemos observar pessoas comuns, imperfeitas, típicas, únicas do tipo que jamais haverá outra igual na história da humanidade.

Esta é uma das razões que me fizeram perder o gosto pro HQ`s americanas, por mais que eu seja um fã do Batman, ainda assim a pobreza na diversidade facial e estrutural dos personagens é assustadora.

Entendendo que pessoas são únicas e que a soma das suas imperfeições são o que fazem dela o que ela é, exatamente assim, perfeitamente imperfeita.

Por vezes nos deparamos com obras de arte, paisagens, músicas ou atitudes essa experiência estética, segundo Santo Agostinho, é o movimento relacional de transcendência, pelo qual, amando o que é Belo, passou a cuidar e promover a criação, legítima manifestação do Deus criador. Por isso a beleza nos tira o folego e nos remete para além de nós mesmos.

Somos todos cria de um mesmo pai, que um a um teve o cuidado de observar todos os detalhes, e assim por cada peça de nosso corpo em seu devido lugar, executando funções honrosas e desonrosas, mas fazendo com que cada um seja primordial para o bom funcionamento de todo.

Quando eu olho para o funcionamento de uma igreja bíblica, onde todos ali estão exercendo funções que tem por objetivo a glória de Deus e não os interesses pessoais ou da liderança, eu chego na conclusão da minha ideia.

Quando nossas obras visam além de nós mesmos, quando não há salário maior ou menor, posição ou cargas para se alcançar, quando o interesse é mútuo em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós, mesmo que ninguém seja substituível. Neste caso, todas as peças têm valor imensurável.

Na comunidade cristã se reúnem pessoas "simultaneamente justas e pecadores" como disse Martinho Lutero, na igreja, pouco importa se você é rico ou pobre, se é iletrado ou doutor, homem ou mulher, a parábola do filho pródigo está lá para nos lembrar que diante de Deus não somamos débito ou créditos, estamos todos de baixo de uma graça redentora.

A eleição do qual somos alvo, em suma, diz respeito à nossa salvação, mas mas também pode-se achar nela tantas outras verdades sobre nós mesmos.

Tudo isso para concluir dizendo o que você é insubstituível, jamais deixar alguém dizer que você está descartável, você possui qualidades incríveis, para melhorar como qualquer outra pessoa neste mundo, mas que ao olhar para a glória de Deus pode ver suas mazelass, toda a sua indignidade, imperfeição e então Deus estende a mão e convida para ser melhor , para lutar contra cada uma dessas coisas que insistem em sabotar a sua caminhada.

Saber que existe tantos outros na mesma condição na condição de querer dar as mãos, afim de ajudar uns uns para outros nesta caminhada de fé pela vida.

Somos um.

Augusto Marques

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