Em um corpo saudável os membros atuam conscientes de que cada um tem uma função específica.
Como quando o corpo quer andar e os pés um de cada vez se firmam no chão dando sustentação, as pernas se flexionam e ajudam no caminhar, o quadril fica firme, bem como os braços balançam indo e voltando de forma oposta as pernas, braço direito a frente, perna esquerda a frente. Por fim o tronco se inclina para frente e assim, nesta descrição simplória, o caminhar acontece.
Para que este movimento aconteça, todos os membros colaboram, cada um dentro de sua particularidade.
Da mesma forma para que o culto tenha um bom andamento, os membros do corpo devem se ater as suas funções específicas de forma excelente, por exemplo, o músico tocando para a congregação e não para engrandecer o seu ego, o pregador levando uma mensagem bíblica para a igreja e não visando seus próprios interesses, a leitura bíblica para a igreja ver Cristo e não para nos enxergarmos no texto, as letras dos louvores apontando para a obra de Jesus na Cruz e não para nossos feitos.
Assim o culto acontece de forma congregacional, quando todos os membros atuam de forma distinta, mas cientes da sua contribuição para o todo.
O culto em comunidade requer comunhão para que todos os membros se sintam parte de um corpo maior no qual Cristo é o cabeça.
Augusto Marques
Oque te surpreende? O que tira o teu fôlego? Qual foi a última vez que você ficou boquiaberto com algo? Afinal, você já ficou maravilhado alguma vez na sua vida?
Talvez, este seja o grande mal da internet, o fato de termos perdido nossa capacidade de nos surpreendermos com coisas que antes (no mínimo) nos faziam pensar.
Ao meu ver, a internet é a grande responsável pela nossa anestesia sentimental, ainda que ela tenha um viés colaborativo e possibilite conectar pessoas, parece que não é bem isso que está acontecendo. Sei que este papo já não é mais novidade para ninguém, afinal ouvir sobre os malefícios da internet é tão comum quanto você ter uma conta em rede social.
Ivan Kramskoy’s 1872 Christ in the Wilderness
Mas antes de desenvolver melhor, acho que vale a pena relatar um fato, quanto estava em uma aula sobre VR (virtual reality, realidade virtual) e RA (Augmented Reality, realidade aumentada) na Apple Developer Academy em Porto Alegre, onde nos foi passado um vídeo onde mostrava uma senhora de aproximadamente 50 anos em um shopping com um óculos adaptado para VR e ela fazia um escândalo, gritando e se jogando no chão, chamando a atenção de muitos que passavam ali. Para quem está familiarizado com a tecnologia o que mais chama atenção é a reação da pessoa, o impacto que a tecnologia causava nela, a ponto de dar até um pouco de inveja (risos).
Bem, segundo a empresa de consultoria We Are Social em seu relatório 2019, atualmente só no Brasil, passamos mais de 9horas conectados na internet, só o youtube retém 95% dos usuários de internet em nosso país, é muito tempo vendo vídeos dos mais diversos assuntos,o próprio youtube/imprensa dizendo que são mais de 1 bilhão de horas assistidas por dia contudo, penso que devemos parar para pensar um pouco sobre o que está acontecendo em nossa sociedade.
Graças a tecnologia temos acesso a tudo, podemos viajar para qualquer lugar do mundo, andar pelas ruas de Nova Delhi na India e em menos de um minuto estar em frente ao Coliseu em Roma. Podemos pesquisar pelos vídeos mais incríveis do mundo no youtube e espantarmos a monotonia, quem sabe uma palestra em um TEDtalks ou um filme que ainda está no cinema enfim, a tecnologia está a disposição para quem quiser usar.
Existe um provérbio Árabe que diz: “A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.” Ele serve para ilustrar o que a tecnologia esta fazendo conosco, criamos a internet para resolver problemas e de fato conseguimos fazer boas coisas com ela, mas estamos nos destruindo também, somos uma geração que tem dificuldades de amar, perdoar e correr riscos.
Antigamente subíamos no telhado de casa para brincar, tomávamos banho de açude e jogávamos bola na rua e hoje damos views para quem está fazendo estas coisas. Crianças gostam de ver outras crianças com seus brinquedos caros se divertirem no youtube.
É como se nos sentíssemos parcialmente realizados vendo unboxes de produtos, como se a experiência e a felicidade de outra pessoa bastassem para nós, ainda que estejamos mais individualistas do que jamais fomos.
Até mesmo quando vamos na igreja, as músicas já não falam mais de Cristo, já não apontam para a Glória de Deus e nas pregações o homem é o centro, a temática e o alvo a ser alcançado. Reflexo da internet? Sim, também!
Na internet se popularizou o On Demand que seria algo como “por demanda”, empresas como Netflix, Disney, Globo, Fox entre outras criaram plataformas para atender as pessoas quando elas quiserem, da forma que elas quiserem e principalmente quando ela quiser. Até mesmo o rádio, uma velha forma de mídia sofreu mudanças devido a internet, tendo que se adaptar ao On Demand que o PodCast veio para substituir.
A relação de todas estas coisas com a igreja é muito simples, a mensagem teve que sofrer uma adaptação cruel para poder atender a demanda de pessoas que gostam de ouvir boas histórias sendo contadas.
Não é difícil vermos hoje mensagens como “7 passos para conseguir”, ou até mesmo terríveis adaptações bíblicas onde Davi é você e Golias o seu “maior problema”.
Nos não nos surpreendemos mais como antes, parecemos estar anestesiados e a cada novidade existe um esforço enorme para causar em nós um frescor de inovação.
As vezes me pergunto se não estamos batendo no teto em matéria de criatividade, enquanto a Bíblia nos diz em Eclesiastes 1.9 “O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol” em um texto que só não é mais velho que a terra.
Ainda sobre Realidade virtual em 1962 já existiam experimentos sobre o assunto.
O problema é que ao lermos os evangelhos, relatos de fatos como Jesus andando sobre as águas, qual o sentimento que temos diante disso? Certamente o impacto da primeira leitura que fizemos é muito maior do que quando lemos pela décima vez, quando vemos filmes, animações e desenhos ilustrando essa passagem, nos surpreendemos com isso tudo.
Não podemos perder a nossa capacidade de nos surpreender com as coisas de Deus, como que ele criou, com o que ele fez e relatou nas suas escrituras, com o que ele está fazendo hoje na igreja e com a realização do que ele fará através de nós.
O que é a pergunta 107 do Catecismo de Westminster?
Acho que vale pensar sobre a preocupação de seus redatores em não incentivar a criação de imagens de Deus, Jesus e do Espírito Santo.
Parece que de fato, coisas espirituais perdem parte de sua transcendência quando enquadramos ou as colocamos em algum lugar. O que João viu em Apocalipse e pôde descrever com figuras terrenas jamais poderá se comparar com a glória do por vir.
Não tenho dúvidas de que ficaremos boquiabertos com a Glória de Deus no dia em que o vermos face a face, certamente não haverá tecnologia mais surpreendente que se compare ao que virá, a ponto de “todo joelho se dobrar” perante Deus.
Muitas vezes a nossa incredulidade quer caminhar de mãos dadas com as glórias desta terra, enquanto tudo o que é feito pela mão do homem tiver o propósito de ser visto, consumido e depois descartado, jamais a glória será eterna, mas quando nossas obras passarem a serem feitas com as mãos limpas visando o Reino de Deus, ainda que a traça e a ferrugem possam deteriorar certamente juntaremos tesouros no céu.
Que o amor, a paz e a alegria de Jesus Cristo, seja nosso alvo em tudo que fizermos, para honra e Gloria do seu nome.
Augusto Marques
Falar sobre procrastinação é complicado, pois para conseguir boas respostas temos que parar tudo, meditar sobre nosso comportamento e sobre o que estamos fazendo e deixando de fazer.
Estar na zona de conforto à primeira vista é bem melhor, mas será?
Em nossa última reunião de homens na igreja o Pr Gabriel Kanitz trouxe uma importante reflexão sobre como enfrentarmos este mal que afeta não somente homens, mas mulheres também.
Todo bom cristão deveria ter um relacionamento mais estreio com Deus, e cultivar hábitos que são fundamentais para uma vida espiritual saudável. Hábitos como oração, leitura e meditação podem se resumir em um devocional simples, que diariamente todo cristão deveria fazer, contudo, manter qualquer hábito associados a uma vida extremamente corrida é um desafio para crentes e descrentes.
São muitos compromissos que parecem engolir nosso tempo, trabalho, estudos, família, amigos, empreendimentos entre outro; achar tempo para Deus quase sempre fica para segundo plano, assim como ler um bom livro, estudar teologia ou fazer alguma ação social.
Porém, assistir uma série ou navegar na internet, quem sabe passar um tempo nas redes sociais sejam hábitos que fluem com naturalidade em nossa vida. O screen Time do meu telefone relevou que nos últimos 7 dias passei 13 horas nas redes sociais, fazendo uma conta de padeiro, isso significa que se eu continuar neste ritmo, chegarei aos 85 anos da minha vida tendo vivido praticamente 5 anos no WhatsApp, Facebook, Youtube e Instagram.
Um conhecido pastor americano chamado JohJohn Piper disse certa vez:
“Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no Último Dia que a falta de oração não era por falta de tempo”.
Falar sobre procrastinação é complicado, pois para conseguir boas respostas temos que parar tudo, meditar sobre nosso comportamento e sobre o que estamos fazendo e deixando de fazer.
Estar na zona de conforto à primeira vista é bem melhor, mas será?
Em nossa última reunião de homens na igreja o Pr Gabriel Kanitz trouxe uma importante reflexão sobre como enfrentarmos este mal que afeta não somente homens, mas mulheres também.
Todo bom cristão deveria ter um relacionamento mais estreio com Deus, e cultivar hábitos que são fundamentais para uma vida espiritual saudável. Hábitos como oração, leitura e meditação podem se resumir em um devocional simples, que diariamente todo cristão deveria fazer, contudo, manter qualquer hábito associados a uma vida extremamente corrida é um desafio para crentes e descrentes.
São muitos compromissos que parecem engolir nosso tempo, trabalho, estudos, família, amigos, empreendimentos entre outro; achar tempo para Deus quase sempre fica para segundo plano, assim como ler um bom livro, estudar teologia ou fazer alguma ação social.
Porém, assistir uma série ou navegar na internet, quem sabe passar um tempo nas redes sociais sejam hábitos que fluem com naturalidade em nossa vida. O screen Time do meu telefone relevou que nos últimos 7 dias passei 13 horas nas redes sociais, fazendo uma conta de padeiro, isso significa que se eu continuar neste ritmo, chegarei aos 85 anos da minha vida tendo vivido praticamente 5 anos no WhatsApp, Facebook, Youtube e Instagram.
Um conhecido pastor americano chamado John Piper disse certa vez: “Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no Último Dia que a falta de oração não era por falta de tempo”.
Mas então, o que nos falta? Como podemos vencer a procrastinação?
Para tentar responder estas perguntas cabem aqui duas breves histórias.
A primeira delas, correu logo no início do meu casamento, nosso varal de roupas estava quase caindo e minha esposa dizia periodicamente para eu arrumar, não foram poucas as vezes que eu de forma mentirosa dizia que faria tal conserto.
Mas foi, somente quando ela me disse: “esse varal vai cair e machucar alguém, e a gente vai se incomodar”, foi assim que tomei consciência da real necessidade de arrumar um tempo para o “ajuste”.
Eu era tão porco e dava pouca importância para esse pequeno problema (por mais que tivesse consciência dele), então, movido de intima má vontade, simplesmente amarrei um cadarço de tênis em uma das pontas do varal da janela, e pensei ter resolvido, de forma paliativa, eu sei, mas na minha cabeça eu havia tratado o problema e ganho mais um tempo até resolve-lo definitivamente.
Eu não me importei com o que os vizinhos fossem pensar de mim como marido, e muito menos com o que minha esposa estava pensando sobre aquela solução vergonhosa, eu só queria “resolver” o problema. Passado um tempo, colocamos um ar condicionado no lugar do varal e um novo suporte para roupas foi instalado em outra janela.
Não fosse a necessidade de um ar condicionado, como estaria aquele varal? Certamente minha esposa teria dado um jeito.
Este foi só um exemplo de como eu sou relaxado com as coisas que não me interesso, mas deveria. Certamente se você perguntar sobre meu interesse em Jesus, eu direi que sim! Me interesso por Ele, e isso é verdade.
Aqui, cabe lembrar do segundo exemplo, quando eu conheci minha esposa éramos colegas de aula, na época eu não era Cristão, comecei indo na igreja para agradar a ela, até tomar consciência que ela era a pessoa que eu queria me casar, foi então, com 19 anos que sai da cidade que nos conhecemos e começamos a namorar, eu precisava ir atrás de novas oportunidades e escolhi Porto Alegre para isso, na esperança de ganhar dinheiro o suficiente e conseguir me casar sem depender de nossos pais.
Bem, os objetivos foram alcançados, mas o ponto que quero chamar atenção é que eu estava movido por um objetivo, estava seguindo um planejamento e diante da necessidade de cumpri-lo eu não hesitei e pouco procrastinei.
Mas vamos analisar com carinhos estes dois exemplos. O primeiro é de algo bem pequeno e que simboliza as pequenas derrotas que temos diariamente, diante do que queremos fazer vs o que de fato fazemos e a segunda da mesma forma, mas com proporções um pouco maiores, pois me tomaram alguns anos.
Estes dois exemplos tem em comum uma necessidade a consciência de um problema e por consequência a vitória.
Espiritualmente, somos conscientes de que devemos estreitar nosso relacionamento com Deus cobrando de nós mesmos uma postura mais interessada sobre tudo aquilo que é espiritual.
Quando me lembro da forma como Paulo morreu, tendo sido decapitado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, Estevão apedrejado e muitos outros cristãos tiveram mortes trágicas segundo relatos históricos. Então é aqui, que cabe uma pergunta pontual!
Procrastinação espiritual era um problema naquela época?
Ninguém que tenha feito o trabalho que eles fizeram, sendo eles movidos pelo ES, poderia pensar em procrastinar. Se ao menos por um momento, se por um instante tivéssemos nós a dimensão da gloria de Deus, da mesma forma que eles tiveram, que tivéssemos consciência da eternidade assim como Tiago que proferiu a celebre frase: “a vida é como um vapor”. Pense comigo, alguém para conseguir ter consciência que a vida é nada se comparado a eternidade sabia de algo que não sabemos ou muitas vezes esquecemos.
Nos surpreendemos com alguém que vive 90 anos, 100 anos, mas se soubéssemos de fato o que significa a eternidade, se por um instante tivéssemos consciência da dimensão do que é eterno, certamente não deixaríamos para depois, estes momentos tão importantes para nossa vida espiritual.
Se nossa autoanálise sobre como estamos levando nossa vida espiritual serve apenas para encontrarmos justificativas para nosso relaxamento espiritual, dizendo coisas do tipo, “eu não consigo porque sou um pecador imundo” ou quem sabe “eu não sou digno mesmo”, então não estamos entendendo o evangelho. De fato estas afirmações sobre nós mesmos são verdade, mas, se Pedro o mais iracundo dos apóstolos, talvez aquele que tivesse menos crédito que todos os demais, por ter negado a cristo 3 vezes, por ter afundado em águas e sido chamado de homem de pouca fé, por ter dado mal testemunho ao cortar a orelha do soldado, ele mesmo se levantou pregou e 3 mil pessoas se converteram.
O que Pedro entendeu, para que parasse de deixar para depois?
Talvez ainda restem justificativas para nossa negligência espiritual em nossos pobres corações, tais como o fato de Pedro e os demais terem sido escolhidos por Cristo e vivenciarem maravilhas, quem sabe há algum Tomé que diga, se eu tivesse visto ou ouvido, certamente a minha vida espiritual seria diferente hoje.
Para estes, vale lembrar o que Jesus disse ao próprio Tomé, talvez também sabendo que nos depararíamos com estas desculpas: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”
Assim somos nós, crentes que muitas vezes tem atitudes descrentes diante de nossas responsabilidades espirituais.
Deus sabe o que sabemos, nosso desejo é ser mais contrito, mais voltado a Deus, e por mais que nossa vida espiritual não seja o ideal, e nossa postura como crentes muitas vezes não seja o que Ele esperaria de nos como discípulos, nos agarramos em Jesus, cremos na maravilhosa Graça de Deus sobre nós, que sendo Ele misericordioso e bom, não deixou que seguíssemos nosso rumo natural ao inferno, mas nos escolheu, nos resgatou e redimiu e este é um bom motivo para nos alegrarmos, o grande motivo para celebrarmos, porque não somos merecedores, porque somos infiéis e ingratos, mas ele nos amou primeiro e por isso não queremos cumprir nossas demandas espirituais por temor ou medo, mas em perfeito amor.
Sejamos mais apaixonados por Cristo, desejosos de uma vida espiritual que não deixa para depois, mas que aproveita agora a presença de Deus. Porque Cristo morreu, podemos ter isso.
Nosso coração anseia? nosso coração anela? Nosso coração deseja?
E se, por algum motivo, seja ele qual for, falharmos, deixando de lado nossas demandas diárias por coisas vãs e passageiras, que essas atitudes sirvam para nos lembrar, o quanto somos miseráveis, e o quanto Ele é maravilhoso conosco, pois sendo nós ainda assim, imerecedores, ele não se afasta de nós, ele nos ouve, ele nos entende.
Nossa esperança está em Cristo, que se compadece de nós e intercede por cada um daqueles que com sinceridade pedem perdão.
Agora, a oração é esta, para que cresçamos, de graça em graça. Que nos fortalecemos em Cristo nosso Senhor e assim nos deixemos ser aperfeiçoados por Ele.
Mas então, o que nos falta? Como podemos vencer a procrastinação?
Para tentar responder estas perguntas cabem aqui duas breves histórias.
A primeira delas, correu logo no início do meu casamento, nosso varal de roupas estava quase caindo e minha esposa dizia periodicamente para eu arrumar, não foram poucas as vezes que eu de forma mentirosa dizia que faria tal conserto.
Mas foi, somente quando ela me disse: “esse varal vai cair e machucar alguém, e a gente vai se incomodar”, foi assim que tomei consciência da real necessidade de arrumar um tempo para o “ajuste”.
Eu era tão porco e dava pouca importância para esse pequeno problema (por mais que tivesse consciência dele), então, movido de intima má vontade, simplesmente amarrei um cadarço de tênis em uma das pontas do varal da janela, e pensei ter resolvido, de forma paliativa, eu sei, mas na minha cabeça eu havia tratado o problema e ganho mais um tempo até resolve-lo definitivamente.
Eu não me importei com o que os vizinhos fossem pensar de mim como marido, e muito menos com o que minha esposa estava pensando sobre aquela solução vergonhosa, eu só queria “resolver” o problema. Passado um tempo, colocamos um ar condicionado no lugar do varal e um novo suporte para roupas foi instalado em outra janela.
Não fosse a necessidade de um ar condicionado, como estaria aquele varal? Certamente minha esposa teria dado um jeito.
Este foi só um exemplo de como eu sou relaxado com as coisas que não me interesso, mas deveria. Certamente se você perguntar sobre meu interesse em Jesus, eu direi que sim! Me interesso por Ele, e isso é verdade.
Aqui, cabe lembrar do segundo exemplo, quando eu conheci minha esposa éramos colegas de aula, na época eu não era Cristão, comecei indo na igreja para agradar a ela, até tomar consciência que ela era a pessoa que eu queria me casar, foi então, com 19 anos que sai da cidade que nos conhecemos e começamos a namorar, eu precisava ir atrás de novas oportunidades e escolhi Porto Alegre para isso, na esperança de ganhar dinheiro o suficiente e conseguir me casar sem depender de nossos pais.
Bem, os objetivos foram alcançados, mas o ponto que quero chamar atenção é que eu estava movido por um objetivo, estava seguindo um planejamento e diante da necessidade de cumpri-lo eu não hesitei e pouco procrastinei.
Mas vamos analisar com carinhos estes dois exemplos. O primeiro é de algo bem pequeno e que simboliza as pequenas derrotas que temos diariamente, diante do que queremos fazer vs o que de fato fazemos e a segunda da mesma forma, mas com proporções um pouco maiores, pois me tomaram alguns anos.
Estes dois exemplos tem em comum uma necessidade a consciência de um problema e por consequência a vitória.
Espiritualmente, somos conscientes de que devemos estreitar nosso relacionamento com Deus cobrando de nós mesmos uma postura mais interessada sobre tudo aquilo que é espiritual.
Quando me lembro da forma como Paulo morreu, tendo sido decapitado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, Estevão apedrejado e muitos outros cristãos tiveram mortes trágicas segundo relatos históricos. Então é aqui, que cabe uma pergunta pontual!
Procrastinação espiritual era um problema naquela época?
Ninguém que tenha feito o trabalho que eles fizeram, sendo eles movidos pelo ES, poderia pensar em procrastinar. Se ao menos por um momento, se por um instante tivéssemos nós a dimensão da gloria de Deus, da mesma forma que eles tiveram, que tivéssemos consciência da eternidade assim como Tiago que proferiu a celebre frase: “a vida é como um vapor”. Pense comigo, alguém para conseguir ter consciência que a vida é nada se comparado a eternidade sabia de algo que não sabemos ou muitas vezes esquecemos.
Nos surpreendemos com alguém que vive 90 anos, 100 anos, mas se soubéssemos de fato o que significa a eternidade, se por um instante tivéssemos consciência da dimensão do que é eterno, certamente não deixaríamos para depois, estes momentos tão importantes para nossa vida espiritual.
Se nossa autoanálise sobre como estamos levando nossa vida espiritual serve apenas para encontrarmos justificativas para nosso relaxamento espiritual, dizendo coisas do tipo, “eu não consigo porque sou um pecador imundo” ou quem sabe “eu não sou digno mesmo”, então não estamos entendendo o evangelho. De fato estas afirmações sobre nós mesmos são verdade, mas, se Pedro o mais iracundo dos apóstolos, talvez aquele que tivesse menos crédito que todos os demais, por ter negado a cristo 3 vezes, por ter afundado em águas e sido chamado de homem de pouca fé, por ter dado mal testemunho ao cortar a orelha do soldado, ele mesmo se levantou pregou e 3 mil pessoas se converteram.
O que Pedro entendeu, para que parasse de deixar para depois?
Talvez ainda restem justificativas para nossa negligência espiritual em nossos pobres corações, tais como o fato de Pedro e os demais terem sido escolhidos por Cristo e vivenciarem maravilhas, quem sabe há algum Tomé que diga, se eu tivesse visto ou ouvido, certamente a minha vida espiritual seria diferente hoje.
Para estes, vale lembrar o que Jesus disse ao próprio Tomé, talvez também sabendo que nos depararíamos com estas desculpas: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”
Assim somos nós, crentes que muitas vezes tem atitudes descrentes diante de nossas responsabilidades espirituais.
Deus sabe o que sabemos, nosso desejo é ser mais contrito, mais voltado a Deus, e por mais que nossa vida espiritual não seja o ideal, e nossa postura como crentes muitas vezes não seja o que Ele esperaria de nos como discípulos, nos agarramos em Jesus, cremos na maravilhosa Graça de Deus sobre nós, que sendo Ele misericordioso e bom, não deixou que seguíssemos nosso rumo natural ao inferno, mas nos escolheu, nos resgatou e redimiu e este é um bom motivo para nos alegrarmos, o grande motivo para celebrarmos, porque não somos merecedores, porque somos infiéis e ingratos, mas ele nos amou primeiro e por isso não queremos cumprir nossas demandas espirituais por temor ou medo, mas em perfeito amor.
Sejamos mais apaixonados por Cristo, desejosos de uma vida espiritual que não deixa para depois, mas que aproveita agora a presença de Deus. Porque Cristo morreu, podemos ter isso.
Nosso coração anseia? nosso coração anela? Nosso coração deseja?
E se, por algum motivo, seja ele qual for, falharmos, deixando de lado nossas demandas diárias por coisas vãs e passageiras, que essas atitudes sirvam para nos lembrar, o quanto somos miseráveis, e o quanto Ele é maravilhoso conosco, pois sendo nós ainda assim, imerecedores, ele não se afasta de nós, ele nos ouve, ele nos entende.
Nossa esperança está em Cristo, que se compadece de nós e intercede por cada um daqueles que com sinceridade pedem perdão.
Agora, a oração é esta, para que cresçamos, de graça em graça. Que nos fortalecemos em Cristo nosso Senhor e assim nos deixemos ser aperfeiçoados por Ele.
Augusto Marques
Sobre profecias e profetas!
Era mais uma manhã de EBD e a lição estava pronta, os slides eu havia feito no dia anterior, tudo estava fresquinho na minha cabeça. Naquele dia íamos ministrar a EBD dos jovens, e como sempre, aquele friozinho na barriga nos dava a certeza de que estávamos na dependência de Deus e não confiávamos em nós mesmos para dar a aula.
Nossa EBD nunca teve um número grande de alunos, quando muito tínhamos uma média de 20 alunos e a incalculável alegria de poder ministrar a tantos jovens.
Mas naquele dia um dos jovens que nunca foi dedicado ao estudo às escrituras estava presente, já estávamos há algum tempo contando com a presença dele e isso nos dava esperança de uma perspectiva melhor para o futuro da congregação.
No meio da aula, enquanto debatíamos sobre a necessidade de buscarmos a Deus nas escrituras, ele levanta a mão e diz:
- eu cansei de ir atrás de profecias, até eu achava que estudar a bíblia esfriava o crente, mas quando recebi uma profecia e ela não se cumpriu eu vi a minha fé se abalar em Deus e lembrei das EBDs onde foi dito que a maior profecia era a palavra de Deus e então estou aqui, resolvi me dedicar ao estudo.
Aquilo pra mim me encheu os olhos d´água e me deu a certeza de estar no caminho certo com aqueles jovens.
Sabe, eu acredito na contemporaneidade dos dons, afinal, muitos milagres são descritos na Bíblia ao longo da sua narrativa histórica, mas milagres, são milagres e não fatos recorrentes com data e hora marcada, como muitos irmãos insistem em afirmar.
Ao meu ver o maior problema que encontramos nos dias de hoje é a falta de responsabilidade daqueles que se dizem “profetas” e gostam de falar em nome de Deus. Isso mesmo, irresponsabilidade.
Mas, calma lá! Não podemos também pôr tudo na conta dos “profetas”, alguns irmãos e igrejas parecem ter uma ânsia por sinais miraculosos, baixam a “guarda Bereiana” no afã ouvir Deus falar, e com isso abrem brechas para entrada dos mais diversos tipos de discursos em nome de Deus.
“A Palavra de Deus é comprovadamente pura, é um escudo para a sua inteira responsabilidade.” Provérbios 30.5
Se amamos Deus e a sua palavra, e queremos nos fazer sábios no bom manuseio dela logo, temos que temer a Deus, pois: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência” Pv 9.10
Quando uma igreja é imatura, não é centrada nas escrituras e se depara com “tais milagres”, quase sempre funciona da seguinte forma: A mensagem bate a porta do nosso coração, olhamos no olho mágico, pegamos na maçaneta e pensamos, “E se for verdade? Na dúvida eu prefiro acreditar!” e deixamos as mais diversas mensagens entrarem em nosso coração, sem que passassem pelo crivo da bíblia que estava na portaria.
Mas isso é ter fé?
Sempre que me deparo com essa situação lembro-me da grande aposta de Pascal, que é uma tentativa racional de explicar a existência de Deus, ele diz assim:
· se você acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho infinito;
· se você acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda finita;
· se você não acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho finito;
· se você não acredita em Deus e estiver errado, você terá uma perda infinita.
Qualquer um que se depara com esta tentativa racional de defender a existência de Deus, certamente concluirá para si que não quer ter perdas infinitas, mas ganhos infinitos. Agora imagine se a aposta fosse essa: Você acredita na profecia? Você acredita que pode ser curado? Você acredita em línguas estranhas? Etc.
Acreditar e ter fé são coisas distintas, pois você pode perguntar para uma pessoa se ela acredita em Deus e esta pessoa também pode se dizer não cristã. O ponto aqui é o seguinte: Crer em Deus exige muito mais que um esforço racional da nossa parte, pois se Deus se revelou a nós como cremos nas escrituras, esse Deus revelou também o seu caráter, parte do seu poder e parte da sua glória para que, uma vez mortos em nossos delitos e pecados, pudéssemos saber quem realmente somos em nossa essência e quem Ele é para nós, neste caso, nós pecadores e Ele o nosso Salvador.
Então se a bíblia é a regra de fé, então ela é o guia para o crente saber como proceder com sua crença.
Se nos depararmos com os grandes profetas da bíblia vemos que todos se responsabilizavam ou eram responsabilizados por aquilo que era proferido, até mesmo Jesus que só falou a verdade foi crucificado em função dela, e não exitou, antes, como um cordeiro se entregou, sendo completamente coerente com o que falava. Assim aconteceu com a igreja primitiva que era alvo de perseguições, pois tinha para si a vivacidade dos primeiros anos de um evangelho Cristocêntrico.
Hoje é muito comum em igrejas continuístas os eventos como congressos, encontros e cultos especiais onde recebem pregadores que nunca viram ou ouviram. A fé de seus membros já começa a atuar quando confiamos à nossa liderança o recrutamento de tais pregadores mesmo sem muita curadoria, apenas crendo que “vai ser uma benção”.
Algumas igrejas tem seus profetas em casa, e são eles que de forma esporádica entregam a mensagem direta de Deus para a congregação.
Ok, vou tentar concluir!
Lembremos da seguinte passagem: “Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?
De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito:Para que sejas justificado em tuas palavras,E venças quando fores julgado” Romanos 3:3,4
Deus é totalmente poderoso e seu poder está condicionado à sua vontade e esta, ao seu caráter, Deus não pode mentir e nem negar-se a si mesmo, nem fazer nada contra a sua vontade, assim, portanto, a sua vontade não pode ser identificada com o seu poder, mas com o seu caráter (1).
Concluo aqui, que se de fato Deus não mente, então as profecias não podem ser mentiras, advem do próprio Deus. Se uma pessoa fala em nome de Deus e o que ela diz não se cumpre ela deve ser condenada como falso profeta, isso é muito sério, ela deve ser afastada do corpo de obreiros até que possa retornar às atividades.
Sei que isso parece ser muito duro, mas qualquer um que fala em nome de Deus deve ter extrema responsabilidade sobre o que está falando, isso é muito sério!
Muitas vezes em nossos cultos temos pessoas que, se quer sabemos o estado psicológico e emocional delas para tomarmos para nós a responsabilidade de falar em nome de Deus. São vidas ali naquele lugar, pessoas com as mais diversas dúvidas e problemas.
Sejamos portanto, mais bíblicos e menos opinativos, mais Cristocêntricos e menos antropocêntricos para que assim possamos refletir a glória de Deus em nossa vida e como igreja alcancemos os pecadores que carecem da misericórdia e do perdão de Deus. Esta é a maior profecia que a igreja deve proclamar, o evangelho da Cruz de Cristo.
O que você acha que pode ser que você faça alguma coisa de Deus, porque ele pode falar a boca de Deus?
Augusto Marques — Criador da PictoBíblia
A resposta é NÃO!
Contudo, se você não está satisfeito com ela, quero convidá-lo para seguir a leitura e entender melhor a resposta, mas antes de começarmos, temos que saber responder uma pergunta muito importante: Por que foi necessário que Cristo, o Redentor, morresse?
E para responder, vamos até a pergunta 24 do Catecismo Nova Cidade (1) onde encontramos a seguinte resposta: “Como a morte é o castigo pelo pecado, Cristo morreu VOLUNTARIAMENTE em nosso lugar para nos libertar do poder e da pena do pecado e trazer-nos de volta para Deus. Por sua morte substitutiva e de expiação, somente ele nos redime do pecado e obtém para nós perdão dos pecados, justiça e vida eterna.”
Entendendo que Cristo se entregou, agora temos que definir o conceito de tortura e para isso, vamos consultar o Dicionário On-line Michaelis (2), que diz: “Sofrimento físico ou moral imposto a alguém, geralmente para obter alguma revelação; suplício, tormento”.
Assim, entendendo que Cristo se sacrificou e que uma tortura não se trata de um sacrifício voluntário, já começamos a entender melhor a resposta, mas podemos ir mais além.
Indo um pouco mais além, podemos desenvolver melhor o assunto sobre o sacrifício de Jesus e a sua real necessidade, para isso recorro a três importantes passagens descritas pelos teólogos Matthew Barrett, R.C. Sproul e João Calvino, veja.Contudo, Jesus antes de ser crucificado, foi alvo de zombaria e humilhado por soldados Sírio-Árabes que conseguiam se comunicar com Jesus, justamente por saberem aramaico, colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça e se curvaram diante dele dizendo: Salve, Rei dos Judeus! (Mc 15.17) Vendaram seus olhos e diziam: Profetiza, quem foi que te bateu? (Lc 22.64). Contudo, não houve tortura, mas zombaria, uma brutal zombaria!
“Calvino respondeu em termos do que foi chamado de “necessidade hipotética consequente”. Não havia necessidade absoluta, apenas uma necessidade derivada do decreto celeste do qual dependia a salvação do homem: “Nosso Pai mais misericordioso decretou o que era melhor para nós”.” Relato de M. Barrett.(3)
“EXPIAÇÃO E PROPICIAÇÃO As Escrituras falam sobre dois aspectos distintos desta ação vicária: expiação e propiciação. Expiação, que contém o prefixo ex-, o qual significa “fora de”, é a remoção da culpa de alguém. É a dimensão horizontal da expiação. Este aspecto é visto no drama do bode expiatório. O pecado do povo era transferido para o bode, e, depois, o bode levava embora os pecados, quando era removido da presença de Deus e levado para o deserto longínquo. O salmista usa a linguagem de expiação: “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.12). Na realidade, é claro que nossos pecados não são transferidos para um bode expiatório, mas para Cristo, que é o Cordeiro de Deus que tomou sobre si mesmo a nossa culpa. Ele se tornou o carregador de pecados, cumprindo assim as profecias relacionadas ao Servo do Senhor, achadas principalmente em Isaías 53: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (v. 5). A propiciação envolve a dimensão vertical da expiação. No ato de propiciação, a ira justa de Deus é apaziguada, e sua justiça é satisfeita. A obrigação moral que devemos por nossos pecados é paga a Deus, que assim fica aplacado. Ele fica totalmente satisfeito com o preço que foi pago por nosso substituto. Se não temos um substituto, não pode haver expiação nem propiciação, porque não somos capazes de satisfazer as exigências da justiça de Deus. Se fôssemos, não haveria necessidade de expiação, mas, visto que não podemos pagar nossa dívida moral, há uma absoluta necessidade de um substituto. Eu me vejo frequentemente em discussões com céticos que fazem perguntas sobre as reivindicações de verdade do cristianismo. Se respondo uma pergunta de modo que ficam satisfeitos, eles têm sempre outra pergunta engatilhada. Por fim, eu paro o ciclo interminável perguntando-lhes: “O que você faz com sua culpa?” Isto, geralmente, é o que acaba com a conversa, porque eles não têm nenhuma resposta, exceto alguma forma de negação da culpa. É trágico ouvir pessoas dizerem que não têm nenhuma culpa. Todos somos culpados diante de Deus. Precisamos tanto do aspecto vertical quanto do aspecto horizontal da expiação, e ambos envolvem um substituto.” R.C. Sproul. (4)
“De fato, eles sempre têm em suas bocas as boas obras; entretanto, de tal modo instruem as consciências que nunca ousam nutrir confiança de que Deus se mostra bondoso e favorável às suas obras. Não estamos induzindo os homens a pecar quando afirmamos o perdão gracioso dos pecados, mas estamos dizendo que esse é de tão grande valor que não pode ser pago por qualquer obra nossa. Portanto, nunca pode ser obtido exceto como um dom gracioso. De fato, agora ele nos é gracioso, mas não foi assim para Cristo, o qual, prazerosamente, o trouxe ao custo de seu santíssimo sangue, além do qual não havia nenhum resgate de valor suficiente que satisfizesse a justiça de Cristo. Quando isso é ensinado aos homens, eles se tornam cientes de que seu santíssimo sangue é derramado sempre que pecam. Além disso, afirmamos que nossa torpeza é tal que nunca pode ser purificada exceto pela fonte desse puríssimo sangue. Os que ouvem tais coisas — se possuem algum senso de Deus -, como não se horrorizariam por ser revolver na lama, quanto possam, enquanto conspurcam a pureza dessa fonte? “Já lavei os pés”, diz a alma crente, no dizer de Salomão, “tornarei a sujá-los?” (cantares 5.3). João Calvino. (5)
Augusto Marques
(1) Keller, Timothy. Catecismo Nova Cidade: A verdade de Deus para nossos corações e mentes — Devocional (Locais do Kindle 2575–2584). Editora Fiel. Edição do Kindle.
(3) Teologia da Reforma pg.327 de Matthew Barrett — Editora Thomas Nelson Brasil
(4) Sproul, R.C.. Somos Todos Teólogos: Uma Introdução à Teologia Sistemática (pp. 242–244). Editora Fiel (www.editorafiel.com.br). Edição do Kindle.
(5) João Calvino — Institutas da Religião Cristã — pg.106 Editora Fiel 2018